Meus amigos vou fazer um resumo da minha estreia em provas de 24 horas, depois de muito treinar em lama no Monsanto, chego ao local da prova, numa pista de 8 km, 1 km era feito dentro de um pântano, como provam as fotos, acho que foi o único ponto negativo por parte da organização que poderia ser evitado, bem vamos ao princípio do fim-de-semana:
Sexta-feira – carregar o carro com tudo e mais alguma coisa, o Pedro não brinca em serviço, o melhor “profissional” com quem eu já tive o prazer de acompanhar, sempre pronto a ajudar os outros sejam eles amigos ou adversários, e logo aqui inverteram-se os papéis, pois era eu que sempre me preocupava com tudo, aqui foi ele que tratou de tudo, até ao mais pequeno pormenor.
Chegámos por volta das 18 horas, era hora de fazer o chek in para o Zmóvel muito bem equipado, onde iríamos dormir na noite de sexta, depois era hora de montar a box, para de seguida ir dar uma volta de reconhecimento ao percurso, em boa hora não o fizemos, pois de certeza que ficaríamos desanimados e dormiríamos mal toda noite.
Sábado – Alvorada pelas 7.30 h tomar um banho, pequeno-almoço, começar a preparar as bikes, preparar abastecimentos, equipar e ir para o briefing da organização ás 11.15
ás 12 horas era dado o sinal de partida, para a prova mais dura que já tinha feito, tanto física como psicologicamente, tinha-mos agendado a primeira paragem por volta das 19 horas, pois era obrigatório usar luzes a partir dessa hora, e assim foi fizemos a primeira paragem ás 18.40 com 12 voltas dadas ao percurso. Esta era uma das paragens grandes pois tínhamos que montar luzes, lavar a bike pela primeira vez e lubrificar, comer comida mais sólida e assim voltamos à pista às 19.10, para mais 5 horas, para parar por volta das 24 horas, só que eu já tinha que fazer paragens forçadas pela lama de duas em duas voltas para lavar e lubrificar a bike.
Ás 24 horas mais uma paragem demorada para voltar a comer comida mais sólida, e alguns ajustes mecânicos, passados 15 minutos voltamos à pista mas já só acompanhei o Pedro mais uma volta, pois a bike começa a dar mostras de problemas, depois a geada já era muita, a lama gelada do pântano, fizeram com que eu ás duas da manhã fosse trocar de roupa e lavar ao pés, o frio era tanto que eu não sentia nada da canela para baixo, o que me levou a partir daí a controlar os adversários pelo computador, para manter o 11º lugar, o Pedro continuava a pedalar na luta pelo 1º lugar em Masters, como não precisava de pedalar, fui dar o meu apoio ao Pedro, incentivando-o, lavar e lubrificar a bike e vendo a classificação no computador para transmitir o que se ia passando.
Pensava voltar à pista por volta das 6 da manhã, mas tal não foi preciso e com uma pista assim não dava entusiasmo lá voltar. Mandei parar o Pedro ás 7 da manhã pois o avanço deveria chegar para manter o 1º lugar, mas com uma acelaração o 2º classificado chega perto, então achei por bem o Pedro dar mais uma volta ás 11 horas, o que também serviu para desmoralizar o adversário. Objectivo cumprido o Pedro conquista o 1º lugar de Masters e 8º lugar da Geral, e eu o 11º lugar da Geral, da minha parte foi melhor o resultado do que a prestação, mas o que interessa para o Troféu são os pontos conquistados.
Depois foi desmanchar todo o arsenal de apoio, ir à entrega de prémios e rumar a Lisboa, com a sensação boa do dever cumprido.
Resta-me agradecer a todo o pessoal do Zmar são 5*****, ás equipas que connosco privaram o apoio dado, são elas a equipa do Team Btt Pepsico/Ermidas do Sado,
I´M Specialized – Prociclar e Clube BTT Lisboa/JJOTA.
Um muito obrigado ao meu amigo Pedro Maia pelo apoio prestado em toda esta caminhada, tanto em treino como em prova e pelo excelente fim-de-semana que passámos.
Fotos em http://picasaweb.google.pt/ruibati/1ProvaDoPortugalOpenXCR#
Um abraço
Rui Batista
Volto ao fim de quatro meses afastado das bikes para dar os parabéns ao meu amigo Pedro Maia pela conquista do Troféu PTopenXCR na classe Master`s, continuas em grande meu amigo e tu bem o mereces pela pessoa que és, eu espero voltar em breve depois de recuperar do dedo partido.
